INÍCIO  >  AGENDA  >  JARDINS E PARQUES HISTóRICOS DO PORTO — TERESA PORTELA MARQUES
Jardins e parques históricos do Porto — Teresa Portela Marques
   05 de Março - 17 horas
Ciclo de conferências IEAAM «Jardins de Portugal na história e na sociedade: Jardins iconográficos, artísticos e científicos»

Resumo:

Do Porto chegam-nos registos, do século XVIII, de inúmeras quintas da cidade com notáveis jardins pertencentes a famílias do Porto, muitas vezes alugadas a estrangeiros, localizadas na sua maioria extra-muros, frequentemente com boas vistas, nomeadamente para o rio Douro. Contudo, será no século XIX que o Porto protagoniza uma dinâmica extraordinária ao nível da Horticultura, tendo assumido um papel de liderança a nível nacional. Acompanhando um intenso fenómeno internacional de importação de espécies vegetais exóticas que chegavam até coleccionadores, estabelecimentos hortícolas e jardins botânicos da Europa, no Porto instalam-se hortos comerciais para produção de plantas que enchem jardins privados e públicos e estufas de aclimatação e neles se procede, também, ao risco de jardins. O Horto Loureiro assume visibilidade internacional e marca o início de uma nova era na cidade fomentada, também, pela construção do Palácio de Cristal e seus jardins para a Exposição Internacional de 1865. É também da década de 1860 o início da construção do Jardim Botânico da Academia Politécnica e na década de 1870 o Porto atinge uma significativa maturidade na promoção da Arte dos Jardins, assistindo-se ao início da publicação do Jornal de Horticultura Prática, periódico de divulgação internacional. Na década de 1880 inicia-se uma intensa intervenção urbana, que se prolonga até às primeiras duas décadas do século XX, com a construção de jardins públicos e praças ajardinadas que constituíram, até há alguns anos, a única rede de espaços verdes públicos da cidade do Porto.