Resumo: O tema a abordar insere-se no âmbito da multiplicidade de escalas identitárias que foram tornando cada vez mais difícil responder a questões como: ‘Quem somos?’ e ‘Onde pertencemos?’. Mais do que nunca, é necessário pensar as identidades por oposição à identidade. Entendida sobretudo como projeto, aquilo que somos ou pensamos ser, em cada momento, está moldado pelas relações e pelas experiências em que voluntariamente nos envolvemos ou nas quais somos envolvidos. Dar-se-á particular atenção aos casos das identidades de orla, em zonas de fronteira, onde a exposição quotidiana a diferentes culturas nacionais é relevante na construção da identidade local que se define e redefine, a partir de experiências tão diversas como o consumo, o património, ou as relações estabelecidas no presente e no passado, mediadas pela fronteira.