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"A Iniciação de Nemésio" — Luiz Fagundes Duarte
   04 de Fevereiro - 17 horas
Ciclo de conferências IEAAM «100 anos de prosa»

No seu romance de estreia – Varanda de Pilatos (1926) –, Nemésio descreve uma suposta iniciação maçónica: o «iniciado», que adoptou Bartolomeu dos Mártires como nome simbólico, é a personagem Venâncio, na qual se identificam traços biográficos do autor – que por sua vez, pouco tempo antes (1923), fora iniciado como Manuel Bernardes na Loja «A Revolta», de Coimbra. 

Mais tarde (no ensaio «Da Poesia», 1961), Nemésio considera que o soneto de Baudelaire «Correspondances» – de forte simbologia maçónica –, se viria a transformar em «um dos pretextos capitais da teoria da essência poética, senão o seu fundamento».

Finalmente, na dedicatória de Limite de Idade (1972) a Aurélio Quintanilha, Nemésio aplica a este seu amigo – cientista, professor e maçon, além de conterrâneo da Ilha Terceira –, e à sua obra científica, o conceito maçónico do «eterno retorno».

Sigamos, pois, o trilho de Nemésio pela «floresta de símbolos» que é a sua obra literária.