Resumo: Unanimemente reconhecido, o talento ficcional de Maria Judite de Carvalho é indissociável da narrativa breve, que ocupa, na sua obra, um lugar privilegiado. Os seus contos, publicados muitas vezes nas páginas de um jornal ou de uma revista antes de serem reunidos em livro, oferecem excelentes exemplos do aprofundamento do instante que é característico do género. Em muitas das suas crónicas, quando o comentário do quotidiano cede o passo à ficção, o microconto espreita. E aí, sabiamente trabalhados pela palavra, motivos recorrentes sujeitos a um mesmo olhar podem dar origem a histórias bem diferentes…