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"O Futuro do Dinheiro" — Ricardo Cabral
   08 de Fevereiro - 18 horas
Ciclo de conferências «Sociedade no séc. XXI: Desafios sociais, geracionais, políticos e económicos»

Coordenação: Viriato Soromenho-Marques. Este ciclo de conferências conta com a colaboração do Diário de Notícias.

As conferências realizam-se às 18h00, online, através do Zoom.

Pode inscrever-se para participar via Zoom aqui.

As conferências serão transmitidas em simultâneo no canal de YouTube da ACL, onde ficarão disponíveis em diferido.

O futuro do dinheiro —  Ricardo Cabral

Para falarmos sobre o futuro do dinheiro é primeiro necessário recuar à pré-história, talvez até há 500 mil anos, era em que, segundo especulam alguns economistas, foram criadas as primeiras formas de dinheiro. O dinheiro da atualidade continua a ser, como então, um registo de créditos e de dívidas. Contudo, todo um edifício tecnológico e social foi construído sobre essa tecnologia primitiva do dinheiro que continua a ser utilizada no presente em sociedades altamente complexas. É das poucas tecnologias que partilhamos com esses antepassados longínquos e primitivos. 

O dinheiro da atualidade tem estado a mudar nas últimas décadas num processo que se aprofunda, incorporando cada vez mais informação que é invisível e incompreensível para a generalidade dos seus utilizadores. É importante que a tecnologia do dinheiro evolua porque a atual tecnologia, literalmente, da idade da pedra, está obsoleta. Mas existem riscos significativos nesse "progresso" para o dinheiro do futuro. 

Ricardo Cabral é doutorado em economia e professor auxiliar com agregação do ISEG, Universidade de Lisboa. Interessa-se por macroeconomia, moeda e banca, finanças públicas e política económica. É autor ou coautor de artigos científicos, capítulos de livros, policy papers e de dois livros. É autor de cerca de 600 textos de opinião, sobretudo no Público, onde tem uma coluna semanal. Participou em mais de 80 conferências, sendo coautor de duas propostas de reestruturação da dívida de Portugal.